MP abre inquérito para apurar venda clandestina de combustível na PB

Promotoria investiga envolvimento de postos legalizados no esquema.
TV flagrou venda de gasolina em lan house e oficina mecânica.

Comerciante retira gasolina de tambor no distrito de
Galante, PB

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu inquérito para apurar as denúncias de venda clandestina de gás de cozinha e de gasolina em Campina Grande. Será investigado o possível envolvimento de proprietários de estabelecimentos legalizados.
Segundo o coordenador do Ministério Público em Campina Grande e do Centro de Apoio Operacional (Caop), Bertran Asfora, os postos de combustíveis e vendedores de gás de cozinha podem estar repassando o produto de forma irregular para os clandestinos.
Para isso, o órgão vai fazer um levantamento junto a todas as promotorias criminais e do consumidor do estado, para deflagrar uma ação de combate à prática.
Na segunda-feira (19), o MP solicitou os quatro litros de gasolina comprados em pontos clandestinos do distrito de Galante, para enviar o material para laboratórios da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e verificar se o combustível é adulterado. “A comercialização irregular dos combustíveis é um crime contra o consumidor, contra a ordem econômica e uma ameaça à sociedade, já que põe em risco toda a população”, relatou Bertran Asfora.

 

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Na última sexta-feira (16), a TV Paraíba flagrou a venda irregular de combustíveis em Galante. Com câmeras escondidas, a equipe registrou litros de gasolina sendo vendidos em locais inapropriados, a exemplo de uma lan house, dividindo o espaço com videogames, aparelhos de televisão, crianças e adolescentes. Além das más condições, o preço praticado estava acima do mercado: R$ 2,80, quando em Campina Grande a média é de R$ 2,66.
No sábado, policiais civis e militares fizeram buscas na lan house e em uma oficina, mas o produto já havia sido retirado depois da denúncia na imprensa. Os donos dos dois estabelecimentos foram intimados para comparecer à Central de Polícia de Campina Grande e prestar depoimento.

Editoral/(Foto: Reprodução/TV Paraíba)