Em artigo publicado no site Itaporanga.net, com o título ‘o mensalão de Wilson Santiago’, o defensor Fernando Enéas de Souza diz que peemedebista usou a Defensoria Pública como comitê eleitoral. “O acinte àquela instituição, transformada – naquele momento – em Comitê Eleitoral, chegou a tal ponto que dinheiro, cargos e computadores, eram negociados, na sede da DP (Defensoria Pública), em troca de votos pró Maranhão e Wilson Santiago”, denuncia.
Enéas faz outras acusações com Wilson Santiago, a quem chama de ‘senador biônico’: “O grande WS – como era tratado de forma bajulatória por muitos Defensores Públicos que lhe faziam a corte -, repassava através dos seus sicários, valores, vantagens e gratificações, que foram distribuídos à farta com muitos membros daquela categoria defensora e políticos, inclusive, contando com o concurso da Desembargadora Fátima Maranhão, esposa do ex-governador e da Associação dos Defensores Públicos, a qual, através dos seus dirigentes, era aliada incondicional do governo Maranhão III”.
O defensor, ainda, acusa o peemedebista de não trabalhar em benefício da categoria. “Wilson Santiago, para quem ignora, é Defensor Público, sem nunca ter prestado quaisquer tipo de trabalho a serviço da DP – sempre a salvo da Corregedoria Geral da Defensoria Pública”, enfatiza.
Cconfira abaixo na íntegra o artigo do defensor público Fernando Enéas de Souza.
O MENSALÃO DE WILSON SANTIAGO
A nossa história tem seus primórdios no transcorrer do ano de 2010. Em outubro daquele ano, aportou à mesa de trabalho do então vigente Defensor Geral Élson Pessoa, minucioso relatório confeccionado pela CGE – Controladoria Geral do Estado, apontando graves irregularidades, na gestão do órgão da DP, no transcurso compreendido entre os anos de 2009/2010.
Das muitas irregularidades acontecidas naquele período – 2009/2010 – no âmbito da Defensoria Pública, o que impactou os auditores da CGE que assinaram o relatório, envolvia o atual senador biônico Wilson Santiago (PMDB) no uso ilegal de recursos da Defensoria, inclusive para realização de festa homenageando o próprio Santiago, então candidato ao Senado.
Ao todo, foram fartamente esbanjados, mais de R$ 10 mil reais para pagamento de Buffet (R$, 6,7 mil) e confecção de arranjos de flores naturais (R$ 3,3 mil) entre outras providências.
Atenta, a CGE considerou a despesa descabidamente irregular por ferir o Decreto Estadual nº 12.028/87, que proíbe frontalmente despesas com festividades e homenagens a autoridades, com utilização de recursos públicos.
De presto, a CGE determinou a abertura de procedimento administrativo, para apuraração da grave ilegalidade das despesas, cobrando do servidor responsável a devolução dos valores gastos indevida e ilegalmente, os quais nunca foram devolvidos.
Mais, o que a CGE não pôde ter acesso, foi a dos bem maiores gastos expendidos durante a batalha para eleger Wilson Santiago.
O grande WS – como era tratado de forma bajulatória por muitos Defensores Públicos que lhe faziam a corte -, repassava através dos seus sicários, valores, vantagens e gratificações, que foram distribuídos à farta com muitos membros daquela categoria defensora e políticos, inclusive, contando com o concurso da Desembargadora Fátima Maranhão, esposa do ex governador e da Associação dos Defensores Públicos, a qual, através dos seus dirigentes, era aliada incondicional do governo “maranhão III”.
O acinte àquela instituição, transformada – naquele momento – em Comitê Eleitoral, chegou a tal ponto que dinheiro, cargos e computadores, eram negociados, na sede da DP, em troca de votos pró Maranhão e Wilson Santiago. Fato denunciado à farta pelo signatário – pesquisar no GOOGLE – o que quase causou-lhe a derrocada como membro daquela instituição.
Fui, como a maioria dos Defensores, sondado para “mercadoria” de captação de votos pró WS e, após negativa, e publicação de matéria em Blog – RICARDO COUTINHO DA PARAIBA (vide) – a que expunha a trajetória do candidato Ricardo Coutinho e a justeza de sua luta, fui ameaçado, via celular – à noite – pelo próprio Defensor Público Geral de então.
Wilson Santiago, para quem ignora, é Defensor Público, sem nunca ter prestado quaisquer tipo de trabalho a serviço da DP – sempre a salvo da Corregedoria Geral da Defensoria Pública.
Durante a chamada “greve-do-fim-do-mundo” de quase 01 (um) ano, de parte da categoria – vez que, parte significativa, WS “segurou” em troca de dinheiro e vantagens, para manter um trabalho de “aparências” – WS não registrou um pronunciamento significativo, uma participação concreta, em favor dos “colegas”.
Mas, isso nunca o impediu que, “como recompensa” à sua generosidade e bolsos fartos, o “grande WS” fosse homenageado em evento em que o contribuinte paraibano pagou a conta. E tenha contribuído com “mesadas”, gratificações e negociações de cargos, para favorecer a si e ao seu grupo político.
Editoral/Dr. Fernando Enéas de Souza
Defensor Público
Integrante histórico dos movimentos populares (focando a notícia)
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